9 de junho de 2025
Boletim Econômico | Agro impulsiona economia e o PIB brasileiro cresce acima do esperado no 1º trimestre 681s46
Confiram as Atuais Notícias dos Indicadores que Influenciam Direta e Indiretamente para a Formação do IAVAG
Indicadores de Destaque:
Câmbio: ↑ R$ 5,80| Estimativa/2025
I (EUA): ↑ 0,2% | abril/2025
Juros nos EUA: = 4,25% – 4,50% | Estimativa/2025
PIB EUA: ↓ 0,2% | 1º trimestre/ Segunda estimativa 2025
SELIC: = 14,75% | Estimativa/2025
Desemprego EUA: = 4,2% | maio/2025
PIB Brasil: ↑ 2,9% | 1º trimestre/2025
Petróleo Brent: ↑ 0,47% – US$ 66,78| 09/06/2025
Petróleo WTI: ↑ 0,55% – US$ 64,93 | 09/06/2025
Heating oil: ↑ 0,50 % – US$ 2,14| 09/06/2025
Etanol anidro: ↓ 3,65% – R$ 2,9448/Litro | Média Semanal – SP – 06/06/2025
INPC (abril/2025): ↑ 0,48% (acumulado 12 meses: 5,32%)
IAVAG de abril: ↓ 0,86%
IAVAG em 12 meses: ↑ 7,94%
Dólar
O dólar abriu junho cotado a R$ 5,681, em queda de 0,65% em relação ao fechamento de maio. A valorização do real reflete fatores domésticos positivos, como o crescimento do PIB e expectativa de manutenção da taxa Selic.
No entanto, o mercado permanece cauteloso. Apesar da atual valorização do real, o relatório Focus do Banco Central projeta que o dólar encerrará 2025 em R$ 5,80, refletindo riscos fiscais, volatilidade internacional e incertezas quanto à trajetória da taxa Selic. O diferencial de juros entre Brasil e EUA ainda favorece o fluxo de capitais para países emergentes, mas uma eventual mudança na postura do Federal Open Market Committee – FOMC pode reverter esse movimento.
Índice de Preços ao Consumidor (I – EUA)
A inflação ao consumidor nos EUA subiu 0,2% em abril, revertendo a queda de 0,1% em março. No acumulado em 12 meses, a taxa está em 2,3%, abaixo das expectativas (2,4%), o que reforça a percepção de controle inflacionário.
Ainda assim, o mercado segue atento aos desdobramentos de novas tarifas comerciais e decisões de política monetária do Fed. O dado de maio será divulgado em 11 de junho.
Taxa de Juros – EUA
O Fed manteve os juros entre 4,25% e 4,50% na última reunião, conforme esperado. A autoridade monetária sinaliza prudência diante de incertezas fiscais e comerciais.
O mercado não antecipa cortes no curto prazo. A próxima reunião do FOMC ocorre em 18 de junho, e poderá trazer pistas sobre o segundo semestre.
Desemprego – EUA
A taxa de desemprego não teve alteração no mês de maio fechando no mesmo patamar de abril de 4,2%, mantendo-se dentro da faixa observada nos últimos 12 meses. O número mantém estabilidade e sugere mercado de trabalho ainda robusto, o que pode adiar eventuais cortes de juros.
PIB – EUA
O PIB norte-americano recuou 0,2% no 1º trimestre, segunda estimativa do Departamento de Análise Econômica. O resultado representa uma reversão importante após crescimento de 2,4% no fim de 2024.
A retração é atribuída à queda no consumo e aumento das importações. A expectativa é de leve recuperação no 2º trimestre, caso se confirme a estabilidade nas contas externas.
SELIC – Brasil
A taxa básica de juros segue em 14,75% ao ano. O Banco Central optou por manter a política monetária restritiva para combater a inflação, que ainda está acima da meta.
Embora a economia brasileira tenha registrado um crescimento robusto no primeiro trimestre, com alta de 2,9% do PIB na comparação anual, o cenário inflacionário ainda exige cautela. A autoridade monetária tem sinalizado que só haverá espaço para cortes significativos na Selic quando houver maior convergência da inflação às metas e melhora nas expectativas fiscais. A próxima reunião do Copom será nos dias 18 e 19 de junho.
PIB – Brasil
O PIB brasileiro cresceu 2,9% no 1º trimestre de 2025 na comparação anual, e 1,4% frente ao trimestre anterior, somando R$ 3 trilhões. O crescimento foi impulsionado pelo bom desempenho do agronegócio que avançou 12,2% no período, junto com um crescimento modesto no setor de serviços de 0,3%.
Este resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2025, superou o crescimento de todas as economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da União Europeia e do G7.
Apesar desse avanço no PIB, projeções para o restante do ano seguem moderadas: o governo federal mantém a estimativa de crescimento em 2,4% para 2025, enquanto o Relatório Focus ajustou a projeção para 2,18%. A manutenção da Selic em 14,75% limita o ritmo de expansão no médio prazo, afetando o crédito e os investimentos, especialmente em setores de capital intensivo como o agronegócio.
Desemprego – Brasil
A taxa de desemprego subiu para 7% no 1º trimestre. O avanço da informalidade e menor contratação na indústria explicam o movimento. A recuperação segue concentrada nos serviços, com desempenho desigual entre regiões.
Heating Oil
Na primeira semana de junho de 2025, os contratos futuros do heating oil registraram alta de aproximadamente 3,0%, sendo negociados a US$ 2,07 por galão. O movimento de valorização reflete principalmente a redução dos estoques nos Estados Unidos e o fortalecimento dos preços do petróleo bruto, com o Brent e o WTI também apresentando ganhos na mesma semana.
A recuperação nos preços do heating oil ocorre após o combustível atingir mínimas de três semanas no fim de maio, em torno de US$ 2 por galão. Essa retomada é influenciada tanto por fatores sazonais quanto por fundamentos de oferta e demanda: a aproximação do verão no hemisfério norte reduz a demanda direta, mas a perspectiva de cortes na produção da OPEP+ e a melhora no consumo industrial sustentam os preços.
Nesta segunda feira o heating oil teve alta de 0,50%, em relação ao dia anterior, sendo cotado a US$ 2,14galão em 9 de junho.
Etanol
O etanol anidro registrou nova queda de 3,65% na média semanal paulista. Cotado a R$ 2,9448/litro, acumula recuo expressivo, impactado por menor demanda e maior oferta de cana.
INPC – Brasil
O INPC subiu 0,48% em abril, com acumulado de 5,32% em 12 meses. Apesar da desaceleração frente a março (0,51%), a inflação segue pressionada e acima da meta de 3%.
Esse cenário reforça a postura conservadora do Banco Central frente a cortes na Selic.
IAVAG nos Últimos 12 Meses
mai/24 | ↓-0,16% |
jun/24 | ↑3,33% |
jul/24 | ↑2,12% |
ago/24 | ↓-0,84% |
set/24 | ↓-2,54% |
out/24 | ↑4,15% |
nov/24 | ↑2,35% |
dez/24 | ↑2,86% |
Jan/25 | ↓-2,20% |
fev/25 | ↑ 0,43% |
mar/25 | ↓-0,70 |
Abri/25 | ↓-0,86 |
Total | 7,94% |
Comentário sobre o IAVAG
O Índice da Inflação da Aviação Agrícola (IAVAG) caiu 0,86% em abril, reforçando tendência de baixa iniciada em março. O recuo se deve, principalmente, à desvalorização do dólar e à continuidade da queda nos preços do etanol anidro.
Apesar das duas quedas consecutivas, o IAVAG acumula alta expressiva de 7,94% nos últimos 12 meses. O cenário atual é marcado por um ambiente de crescimento econômico moderado, inflação acima da meta e taxa de juros elevada, o que impõe desafios à previsibilidade de custos operacionais no setor.
A trajetória do índice nos próximos meses dependerá, sobretudo, do comportamento dos combustíveis e da estabilidade cambial. Eventuais mudanças na política monetária ou novos choques externos podem impactar significativamente o indicador.
Fontes: BCB, IBGE, CEPEA, GOV, TRADINGECONOMICS, BRINVESTING, REUTERS, BARRON’S, WSJ, CNN BRASIL.